Caminho sem pernas e vôo sem asas
Sou poeta,
Caminho sem pernas
E vôo sem asas,
Alegro-me com o abstrato,
Entristeço-me com o concreto,
Escrevo sobre o feio e o bonito,
Sobre mazelas e sobre festas...
O mundo é assim,
É choro e riso,
É sonho e real,
É circo e teatro,
É diferente e é igual.
Sou poeta,
Registro a imagem,
Pinto a tristeza,
Como o outono
Desfolha as árvores.
...sobre as dores do mundo...
Escrevo para dizer o que vejo
Não sou cega, nem sossego,
Escrevo, o que ninguém
Quer escrever.
Vejo o mundo sangrando,
A massa mimosa delirando,
O poder só viajando,
Fechando os olhos pra não ver.
É comovente, é sombrio 
A fome no prato vazio,
A miséria sem estio,
Dorme na rua, enfrenta o frio,
Excesso de descaso,
Cresce a miséria
De dez para mil,
Quando isso vai acabar?
A vaidade, a ambição,
Sem alma, sem coração,
Faz o egoísmo sobreviver.
Miséria é mera tolice,
Os poderosos é que dizem,
Fazem questão disso manter.
Pra ter o pobre  subserviente,
Só o seu voto fazem valer.
É preciso dar um basta,
Na maldade que maltrata,
De homens insensatos, 
Alguns novatos, 
Outros a séculos no poder.
A miséria não tem riso,
De tanto chorar,
Secou as lágrimas,
Dizer não é preciso,
É só observar.
Nada vai bem com o pobre
Seu consolo é catar o lixo
Para a vida continuar.
Veneno pra alma  
Como é feio
Alguém ser engolido pela droga,
Maconha, crack e coca,
Drogas que fazem morrer.
Pra vê um céu tão bonito,
Não é preciso artifício,
O natural faz valer.
Crianças e jovens tão lindos,
Aqui vai um recado,
O mundo é tão delicado,
Não vale à pena sofrer.
Pense quem ganha com isso,
Quem perde, morrendo é você.
Temos o céu e as estrelas,
O mar, o luar são belezas,
Que qualquer um pode ver.
Reflita, gente bonita,
Coloque no coração:
A liberdade de cara limpa,
É uma grande conquista,
Pra sua alma afeição.
A liberdade de cara suja,
É de quem quer vegetar ou morrer.
A vida sangra
A vida sangra,
Violenta a alma,
A saudade arrebenta,
Invertidos valores, maltratam.
Ah, saudade...
Dos tempos que os valores
Eram outros...
Tudo correto,
Nada era errado.
A vida, 
No mundo globalizado,
Coleciona horrores,
Perigo, maldade,
Máxima crueldade.
O tempo sem freio,
Em alta velocidade,
Desfaz os anseios,
De quem vive de bondade.
A tristeza toma conta,
Do estado de horrores.
Os horrores tomam conta,
De falsos valores...
Barulho de silêncio
Balança o berço
Inquieto da terra,
Estanca os ânimos
Dos homens de guerra,
Aplaina a grama
De tanto sofrimento,
Rompa as lágrimas,
Iniba os lamentos...
Para não colidir
Tristeza e contentamento.
Paz, brancura de alma
Sem risco, sem rasgo,
Lampejos de beijos,
Laços de abraços,
Que em mãos sensatas,
Nunca desata.
Paz, barulho de silêncio...
viernes, 22 de mayo de 2009
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